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Qualidade de Vida no Trabalho: O que é e como conquistar definitivamente

André de Coimbra

André de Coimbra

Palestrante Comportamental & Mentoring

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Por Sociedade Brasileira de Coaching –

26 de dezembro, 2017

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Você sabia que contribuir para que haja qualidade de vida no trabalho é responsabilidade da empresa e do colaborador e que ambos podem se favorecer com os resultados?

Desde que as empresas entenderam que colaboradores mais felizes e motivados produzem mais e melhor, a preocupação com a qualidade de vida no trabalho passou a ser um dos maiores desafios do meio corporativo.

No entanto, a qualidade de vida no trabalho não está, apenas, relacionada ao clima organizacional. Da mesma forma em que o ambiente de trabalho interfere na vida e no bem-estar do colaborador, o seu comportamento e as influências externas que ele leva para o trabalho interferem no ambiente organizacional.

Assim, a qualidade de vida no trabalho está diretamente ligada aos resultados da empresa e ao grau de satisfação do colaborador com suas funções. E, por isso, é de grande importância para as empresas manterem profissionais motivados, um ambiente de trabalho harmonioso e bons relacionamentos interpessoais.

Quer entender melhor sobre qualidade de vida no trabalho? Como melhorar e manter um bom clima organizacional e o que o colaborador pode ganhar ao contribuir para um ambiente de trabalho melhor? Acompanhe:

O que é qualidade de vida no trabalho: conceitos e definições

A qualidade de vida no trabalho está diretamente relacionada a um conjunto de ações que uma empresa adota para melhorar o grau de satisfação de um colaborador com sua função e com o ambiente de trabalho, visando os impactos que este bem-estar pode trazer aos resultados positivos da organização.

O termo qualidade de vida no trabalho ou QVT, como é, comumente, denominado em ambientes corporativos, por profissionais de recursos humanos ou de gestão de pessoas, surgiu em meados dos anos 60, em meio à transição da era industrial para a era digital, a qual as empresas estavam apenas preocupadas com os avanços tecnológicos.

No entanto, foi na década de 70 que este conceito ganhou força, quando Louis Davis, professor da Universidade da Califórnia usou o termo qualidade de vida no trabalho (QVT) para definir o bem-estar geral, saúde e o desempenho dos colaboradores em suas atividades, apontando as consequências que as empresas estavam produzindo com profissionais desmotivados, estressados, doentes e acidentados, devido ao descaso com a QVT. Leia mais sobre Saúde Mental no Trabalho e o Papel do RH.

E, não demorou muito para que a teoria repercutisse entre pesquisadores de ciências sociais, sindicalistas e empresários interessados nos resultados, constatados, sobre a influência que a qualidade de vida no trabalho reflete na produtividade e no rendimento dos colaboradores.

Neste contexto, as organizações deixaram de lado a crença de que, apenas, os bens materiais e tecnológicos influenciavam no crescimento econômico, para valorizar um bem mais complexo e subjetivo, o capital humano.

A qualidade de vida no trabalho está associada às práticas adotadas que visam potencializar os resultados positivos do capital humano.

Por que a qualidade de vida no trabalho é importante?

A qualidade de vida no trabalho é importante, não só para empresas que buscam ter colaboradores mais produtivos e motivados, como também aos próprios profissionais que querem evoluir como pessoas e crescer em suas carreiras.

Assim, a QVT pode ser analisada sobre a ótica da empresa e de seus colaboradores. Desta forma, para colaborares a qualidade de vida está relacionada ao que a organização faz para que possam ter bem-estar e satisfação no ambiente de trabalho.

Já para as empresa a qualidade de vida no trabalho está associada às práticas adotadas que visam potencializar os resultados positivos do capital humano para a empresa, como produtividade, inovação e qualidade.

Embora os pontos de vista sejam paralelos, os benefícios atendem a ambos. Pois ao melhorar as relações e clima organizacional, o bem-estar e satisfação transcendem para todos os âmbitos da vida do colaborador, que por sua vez torna-se mais motivado para produzir e fazer parte da empresa.

Contudo, a qualidade de vida não depende apenas do que acontece dentro da empresa. As relações pessoais, com a família e a satisfação com a vida, também refletem na qualidade de vida no trabalho.

Por isso, as empresas e profissionais de RH, líderes e gestores devem estar atentos a isso, assim como o colaborador deve adquirir competências para equilibrar sua vida pessoal com a profissional se quiser evoluir em sua carreira.

Ao melhorar as relações e clima organizacional, o bem-estar e satisfação transcendem para todos os âmbitos da vida.

Qualidade de Vida x Qualidade de Vida no Trabalho

Qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho são termos distintos, no entanto, complementares. Isso porque, o trabalho compõe uma área da vida das pessoas e essas mesmas pessoas compõem a força de trabalho de uma empresa. Desta forma, qualquer mudança que afete uma das partes desta conjuntura, afetará o ciclo todo. Entenda:

Qualidade de vida

A qualidade de vida de um indivíduo está relacionada ao conjunto de conceitos que contribuem para o bem-estar físico, psíquico e espiritual de uma pessoa em seu contexto social.

Qualidade de vida no trabalho

A qualidade de vida no trabalho está relacionada ao conjunto de ações que uma organização aplica para oferecer condições plenas de trabalho, desenvolvimento humano, bons relacionamentos interpessoais e bem-estar dentro e fora da empresa.

O o trabalho compõe uma área da vida das pessoas e essas mesmas pessoas compõem a força de trabalho de uma empresa.

Tais parâmetros são conceitos generalizados, no entanto, definir qualidade de vida, seja ela pessoal ou profissional, é um tanto quanto subjetivo e complexo. Isso porque, o que é qualidade de vida para um, pode não ser qualidade de vida para o outro.

Para algumas pessoas, qualidade de vida pode ser trabalhar menos, ganhar mais dinheiro, passar mais tempo com os amigos, com a família, enquanto para outros, qualidade de vida é ter bons relacionamentos, hábitos alimentares saudáveis e vida social.

Mas, como contribuir para o bem-estar e satisfação das pessoas e mantê-las motivadas e engajadas com o trabalho, se cada um tem sua opinião sobre o que é qualidade de vida?

Este é o grande desafio das empresas! Mesmo que a organização implemente mudanças para contribuir com a QVT melhore, se o colaborador ou o resto da equipe não estiver engajado no mesmo propósito, a tentativa será um fracasso.

Por isso, ter qualidade de vida, seja no ambiente de trabalho ou na vida pessoal, não depende apenas de um, mas dos dois lados, empresa e colaborador. As mudanças devem partir dos dois lados, o colaborador precisa estar bem e disposto para melhorar a sua qualidade de vida na empresa e contribuir para que o ambiente de trabalho mantenha o clima satisfatório e que isso não influencie no bem-estar dele fora dali.

O que é qualidade de vida para um, pode não ser qualidade de vida para o outro.

Clima Organizacional

Empresas são feitas por pessoas, por isso, organizações que têm colaboradores motivados, engajados e felizes apresentam melhores resultados. E para que tudo isso aconteça, é necessário que o clima organizacional seja satisfatório.

Profissionais, principalmente, os que fazem parte da geração Y, não enxergam seu trabalho apenas como um meio de ganhar dinheiro, como na época de seus pais. Essa geração preza muito pela qualidade de vida e para que o trabalho seja prazeroso, ele precisa estar de acordo com seus valores.

Para estes profissionais, a prioridade é a valorização, prestigio e a importância que eles têm para os resultados da empresa. As relações interpessoais também precisam contribuir para que o colaborador sinta-se bem e não haja uma atmosfera de competitividade e conflitos.

As áreas de recursos humanos e liderança são as principais interessadas e também as responsáveis por selecionar profissionais adequados, acompanhar e desenvolver as condições para que possa haver um bom clima organizacional.

Por isso, as competências de liderança são tão exaltadas nos modelos de gestão modernos. Incentivar o desenvolvimento, estimular relações cordiais, reduzir conflitos, resolver problemas de forma construtiva, tudo isso favorece um clima organizacional harmonioso e agradável para que o colaborador produza resultados positivos para empresa.

As relações interpessoais também precisam contribuir para que o colaborador sinta-se bem e não haja uma atmosfera de competitividade e conflitos.

8 fatores que determinam a qualidade de vida no trabalho?

Para não perder talentos, motivar os colaborares e aumentar os resultados as empresas precisam criar programas para incentivar o bem-estar e a satisfação no trabalho. Confira 8 fatores que determinam a qualidade de vida no trabalho.

1. Satisfação com o trabalho: para que o colaborador tenha melhor performance ele precisa estar em uma função que goste de executar. Espere ter um profissional motivado se o seu perfil for criativo se as tarefas que ele precisa executar forem repetitivas.

2. Oportunidade de carreira: as empresas que oferecem oportunidade prospecção de futuro têm funcionários mais motivados, pois sabem que há chances de evoluir em sua carreira e por isso, vale a pena se esforçar.

3. Remuneração salarial: embora este não seja o único fator determinante para a satisfação de um colaborador, o salário é um dos principais requisitos para que o profissional sinta-se realizado em seu trabalho.

4. Benefícios: além da remuneração salarial, os benefícios são requisitos primordiais para manter a satisfação com a empresa. Os benefícios pode variar entre planos de vantagens a prêmios e bônus financeiros.

5. Relações interpessoais: os bons relacionamentos no ambiente de trabalho influenciam no bem-estar dos funcionários e na harmonia do clima organizacional. É muito importante instituir dinâmicas e a boa integração das equipes para evitar conflitos a fim de diminuir desgastes.

6. Saúde física e psicológica: assim como ambientes insalubres prejudicam a saúde do colaborador, ambientes onde o profissional vive a todo tempo sob pressão e estressado também são prejudiciais à saúde psíquica do colaborador.

7. Autonomia no trabalho: empresas que permitem que o profissional expresse sua opinião e dão autonomia sobre suas atividades, têm profissionais mais motivados e produtivos. Isso porque eles se sentem mais responsáveis pelos resultados da empresa.

8. Participação ativa: quando o profissional não se engaja com a equipe ele fica à margem do processo da empresa, sendo subutilizado, o que acaba por desmotivar o colaborador que sente incapaz e insatisfeito.

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A vontade é a senhora de todo começo e de toda transformação.